segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Sobre a possibilidade da OMS ter sido sujeita a pressões de interesses comerciais

Resumo da transcrição de uma conferência de imprensa dada pelo Dr. Keiji Fukuda da OMS, em 14 de Janeiro de 2010:

A suposição de que a pandemia de gripe é falsa, é um argumento cientificamente errado e uma imprecisão histórica.

Quando se fala de uma doença infecciosa em grande escala, envolvendo a maioria dos países do mundo, está-se a falar de uma pandemia.

No que respeita especificamente a pandemia de gripe A (H1N1), a OMS reportou os primeiros casos de infecção humana em Abril. A informação laboratorial disponível demonstrava que o vírus era, em ternos genéticos e antigénicos, muito diferente dos vírus de gripe em circulação. Os dados epidemiológicos recolhidos no México, Canadá e EUA indicavam o início de transmissão pessoa a pessoa. A informação clínica, com origem no México, apontava para a possibilidade do vírus H1N1 causar infecção severa.
Esta informação, por si só, não indicava que estávamos numa situação pandémica, mas representava um aviso sério para as autoridades de todo o mundo, para que se preparassem para a eventualidade de uma pandemia.

(…)

A OMS não alterou a definição de pandemia. As orientações, produzidas em 1999, têm vindo a ser alvo de melhorias de forma a torná-las cada vez mais claras e precisas, mas a definição de severidade de uma pandemia não foi alterada.

(…)

A OMS não é alvo de influências indevidas por parte da indústria farmacêutica. A questão principal não ´4e a de saber se realmente a OMS teve contacto com a indústria farmacêutica, mas se sofreu qualquer influência indevida por parte de interesses comerciais – e a resposta é não.

Numa organização como a OMS, reconhece-se que há um risco potencial de ocorrerem conflitos de interesses. Assim, de modo a proteger a integridade da OMS e a mantê-la livre de qualquer influência indevida, existem rotinas de segurança contra potenciais conflitos de interesses, que são práticas frequentes e de longa data, não criadas especificamente para esta pandemia, mas também colocadas em prática durante a pandemia de gripe A (H1N1).

Transcrição completa em:
www.who.int/mediacentre/swineflu_presstranscript_2009_04_30.pdf

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