quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Mutação do vírus H1N1

Desde Abril que a OMS identificou mutações do vírus da Gripe A em diversos países.
Estas mutações já eram esperadas pelas autoridades de saúde e sua significância para a saúde pública ainda não é clara. Recentemente foram identificadas mutações na Noruega e no Reino Unido. Enquanto as identificadas na Noruega provocam doença mais grave, mas continuam sensíveis à vacina e aos antivirais, as mutações verificadas no Reino Unido não provocam doença mais severa mas são resistentes ao antiviral Oseltamivir, porém continuam sensíveis à vacina e ao antiviral Zanamivir.
As mutações só adquirem relevância quando se verifica que as estirpes com mutações estão a circular na comunidade e quando se sobrepõem à actual estirpe do H1N1, o que ainda não é o caso.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Análise do Impacto do Livro Nós e a Gripe - informação, conhecimento e bom senso

“Nós e a Gripe – Informação, conhecimento e bom senso” constitui o quarto relatório público, em forma de livro, do Centro de Análise da Resposta Social à Gripe Pandémica da Escola Nacional de Saúde Pública.

Sendo um “produto” deste Centro de Análise, decidiu-se que todos os proventos financeiros relativos aos direitos de autor reverterão para a expansão e desenvolvimento deste Projecto.

Este livro destina-se a apoiar as pessoas, o cidadão comum, a situarem-se na problemática da gripe, no contexto da pandemia em curso, e do novo ciclo da gripe que com ela se inicia. Pretende proporcionar «conhecimentos críticos» que permitam transformar informação e orientações genéricas em decisões concretas nas circunstâncias específicas em que cada um se encontra.

Dado ter-se escrito sobre uma pandemia em curso, o livro será actualizado mensalmente nos próximos 6 meses no site da editora Gradiva (http://www.gradiva.pt/).

Para que o Centro possa continuar o seu trabalho de análise da resposta social à gripe pandémica, é fundamental analisar o impacto deste livro junto da opinião pública e da rede dedicada, contribuindo para a sua avaliação e actualização mensal que pretende ir ao encontro das dúvidas e percepção dos cidadãos.

Neste sentido, a sua colaboração é fundamental, pelo que pedimos que participe no preenchimento de um pequeno questionário disponível em:

http://www.noseagripe.net/node/246

"Se vacinarmos muitas grávidas evitamos algumas mortes"

Entrevista a Luis Graça, Presidente da Sociedade Portuguesa de Obstetrícia
DN 19 de Novembro de 2009, por Patrícia Jesus.

«As grávidas devem ter medo da vacina contra a gripe A?
Já me telefonaram algumas grávidas a perguntar se mantenho a minha indicação. Neste momento, a evidência científica diz que devem ter muito mais medo de serem infectadas pelo H1N1, do que da vacina. Temos muitas mulheres grávidas que já estiveram nos cuidados intensivos por causa da gripe A. Logo, têm que pesar o risco de contactar com o vírus vivo, contra o risco de contactarem com o vírus morto, na vacina.

Há testes suficientes para garantir a segurança da vacina para as grávidas?
Temos a experiência de haver milhares de mulheres grávidas imunizadas com esta vacina em vários países euriopeus sem qualquer registo de problemas ou de morte fetal. Dos 27 países da União Europeia, 26 estão a usar esta vacina. A Suécia vacinou 2,5 milhões de pessoas e a Noruega cerca de um milhão, incluindo muitas grávidas. Nós, em Portugal, gostamos muito de empolar as situações e é isso que estamos a fazer.

Ontem perguntava: "Se uma mulher partir uma perna dois dias depois de ter sido vacinada, a culpa é da vacina?" Acha que se pode dizer isso?
Isso foi um desabafo. Mas dou-lhe outro exemplo. Se uma grávida for vacinada e dois dias depois tiver uma apendicite e tiver que ser operada, ninguém vai fazer a ligação. E, no entanto, é uma situação mais rara. A morte fetal tardia é mais frequente. A campanha de vacinação começou há quase um mês, o que significa que já morreram outros 25 fetos, mas ninguém fala neles. Não podemos pautar as medidas de saúde pública com receio das notícias da comunicação social.

É de esperar que ocorram mais situações destas?
Quanto mais mulheres grávidas forem vacinadas, maior vai ser o número de fetos, que morreriam na mesma.

E quando é que nos devemos preocupar?
As autoridades de saúde e os médicos, mesmo os que não têm nenhuma relação com o ministério, como é o meu caso, estão atentos. Não estamos de olhos fechados e, se houver uma suspeita forte, seremos os primeiros a levantar o problema e a dizer: "Alto lá!" Mas não há nenhum motivo para o fazer neste momento. O que sei é que, se vacinarmos a maior parte das grávidas, vamos evitar a morte de algumas.»

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Lançamento do livro Nós e a Gripe

Estão todos convidados a assistir ao lançamento do livro

Nós e a Gripe - informação, conhecimento e bom senso - Constantino Sakellarides.


Trata-se de uma obra que não é um acto isolado.

Insere-se no trabalho que a equipa da gripe da Escola Nacional de Saúde Pública, da Universidade Nova de Lisboa, tem vindo a realizar neste domínio, principalmente através do projecto do Centro de Análise da Resposta Social à Gripe Pandémica.

E porque assim é, decidiu-se que os proventos financeiros correspondentes à autoria deste livro fossem inteiramente canalizados para assegurar a expansão e continuidade daquele projecto.