1. Gripe Pandémica - Ponto de Situação
Observa-se uma aceleração no aumento do número de casos de Gripe A, que atingiram no dia 20 de Agosto os 1877 casos, tendo-se verificado que a partir do dia 14 de Agosto, data na qual Portugal atingiu e superou a barreira dos 1000 casos de Gripe A, o número de casos de origem desconhecida superou os de outra origem.
Continua a observar-se que uma proporção importante dos casos é diagnosticada no Algarve, onde a circulação do vírus na comunidade continua limitada e dispersa (não se observa nenhum foco epidémico).
Observa-se uma aceleração no aumento do número de casos de Gripe A, que atingiram no dia 20 de Agosto os 1877 casos, tendo-se verificado que a partir do dia 14 de Agosto, data na qual Portugal atingiu e superou a barreira dos 1000 casos de Gripe A, o número de casos de origem desconhecida superou os de outra origem.
Continua a observar-se que uma proporção importante dos casos é diagnosticada no Algarve, onde a circulação do vírus na comunidade continua limitada e dispersa (não se observa nenhum foco epidémico).
2. Gripe Pandémica – cenários imediatos
Dado o aumento do número de casos, é de esperar que situações clinicamente complexas se manifestem mais frequentemente. A situação será mais difícil durante o mês de Setembro com o regresso de férias, a abertura das escolas e um clima social próprio do período pré-eleitoral.
3. Incidência da Gripe e casos confirmados laboratorialmente
Tem-se observado que, mesmo numa fase precoce do processo pandémico, o número de casos reais supera em muito o número de casos confirmados laboratorialmente.
3. Incidência da Gripe e casos confirmados laboratorialmente
Tem-se observado que, mesmo numa fase precoce do processo pandémico, o número de casos reais supera em muito o número de casos confirmados laboratorialmente.
“… As of 27 May 2009, there had been 820 confirmed cases in New York City,
of whom two had died, resulting in a computed CFR of 0.2%. A telephone survey
estimated that in fact 250,000 cases had occurred in that city of 8.3 million
inhabitants, resulting in an estimated CFR of 0.0008% [8,9]. In the United
Kingdom (UK), there were 28 deaths reported for a documented 10,649 cases as of
16 July 2009 and a computed CFR of 0.26%. However, health authorities estimated
that the cumulative number in the UK on that date was 65,649 cases and 28
deaths, which corresponds to an estimated CFR of 0.04% ”.
Eurosurveillance,
Volume 14, Issue 33, 20 August 2009 - Epidemiology of fatal cases associated
with pandemic H1N1 influenza 2009
L Vaillant1, G La Ruche, A Tarantola, P
Barboza, for the epidemic intelligence team at InVSFrench Institute for Public
Health Surveillance
4. Anúncio do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde anuncia uma nova etapa na resposta à ameaça pandémica. Durante a presente semana, o Ministério da Saúde anunciou que se processa a transição de uma etapa destinada a procurar conter a expansão da Gripe e a preparar os planos de luta contra a mesma para uma nova etapa em que o enfoque será na resposta às necessidades dos doentes e activação dos planos de contingência.
Isto quer dizer que os casos de Gripe A deixarão de ser, por rotina, confirmados laboratorialmente, passando o diagnóstico a ser clínico. Os Hospitais passarão a tratar exclusivamente os casos cuja gravidade o justifique, passando certas situações a ficar a cargo dos Cuidados de Saúde Primários.
Nesta nova etapa a DGS fará um ponto de situação relativa à evolução da Pandemia semanalmente e não diariamente como até então.
5. Linha Saúde 24
A Linha Saúde 24 tem experimentado dificuldades na resposta a um número sempre crescente de solicitações.
Já (…) eram noticia as dificuldades no atendimento – durante o pico da gripe
sazonal – 30% das chamadas ficavam por atender (Diário de Noticias, 20 de Agosto
de 2009).
A Linha Saúde 24 está em sobrecarga, a receber uma média de 6 mil
chamadas por dia, quase o dobro do verificado há dois meses, altura que já
perdia centenas de telefonemas diariamente (Público, 10-07-09).
Saúde 24
devia conseguir atender até 10 mil chamadas por dia mas só consegue dar resposta
a cerca de um terço (Diário de Noticias, 20 de Agosto de 2009).
No Centro de
Saúde de Portimão, a simples menção do serviço levanta um coro de críticas.
“Esqueça a linha, não funciona”, atira um rapaz que ouvia a conversa por perto
(Visão, 20 de Agosto de 2009).
“(…) A enfermeira disse-nos para ligarmos para
a linha Saúde 24, mas alertou para as duas horas de espera. Se não fossemos
atendidos, devíamos seguir para o hospital de Faro. Após várias tentativas,
fizemo-nos à estrada”, conta um jovem infectado (Jornal I, 17 de Agosto de
2009).
4 comentários:
Até hoje apenas ouvi um comentário sobre algo que me parece muito pertinente mas que continua no entanto sem ser praticamente valorizado pela comunicação a que todos temos acesso.
A questão é a seguinte:
Quanto tempo persiste o virus sob as superficies com capacidade de transmição activa?
Dou um ex:
Pego numa embalagem de um qualquer produto que se encontra contaminada pelo manuseamento de pessoas infectadas.
Desinfecto as mãos.
Muito bem.
Passado quanto tempo posso voltar a pegar nessa mesma embalagem sem risco de contágio?
Já agora seria interessante saber que tipo de superficies são menos contagiáveis,digamos.
Plástico?
Papel?
Metal?
Agradeço resposta.
Bons dias! Descobri hoje o Blog - mais vale tarde que nunca....
Atenta que estou aos indicadores e às infos fornecidas, preocupa-me contudo não encontrar em parte alguma qualquer indicação se estão a ser tomadas medidas de prevenção ou plano de contigência para os Sem-Abrigo, atento que as suas circunstâncias de vida não permitem imaginar telefonemas para a linha 24 ou idas ao hospital...Bem como para as Estações de Televisão, coisa que não se fala em parte alguma.
Fernanda Maria Gouveia (residente Lxa)
(BI 10810575, Lxa)
Nana:
existe um plano de contingência nacional para a pandemia de gripe, que deve ser utilizado como "guia orientador" pelas várias instituições (dos mais diferenciados sectores), para a elaboração dos seus próprios planos de contingência, adaptados a cada realidade.
Os sem abrigo não são excepção e cabe às instituições de assistência social, públicas e privadas, definir um plano de contingência e assegurar que são tomadas medidas de protecção para esta população especifica.
Obg. A questão dos sem-abrigo preocupa-me, não só porque nunca a vi ventilada em parte alguma (mesmo pelas ONGs) mas também porque eles precisam de info, iniciativas e protecção.
MAs já agora : parece-me que baixou o nivel de informação do Ministério ou da DGS, via TVs, para que o alarmismo não alastre, como verifiquei com a abertura do anolectivo. Voltarem aos écrans para"desalarmar" talvez não fosse á-ideia.
Cumprimentos
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