"I am sure that what any of us do, we will be criticized either for doing too much or for doing too little….
If an epidemic does not occur, we will be glad.
If it does, then I hope we can say… that we have done everything and made every preparation possible to do the best job within the limits of available scientific knowledge and administrative procedure".
US Surgeon General Leroy Burney, August 28, 1957
(Citado por W.Dowdle, 2006).
Relativamente à gripe, não só à pandémica mas à sazonal, não existe um nível suficiente de conhecimento que permita fazer previsões. É possível apenas desenhar cenários “futuros possíveis”: não são previsões.
Partindo do pressuposto de que se nos preparamos para o pior cenário admissível estaremos preparados para cada um dos cenários mais favoráveis que possam ocorrer, não podemos deixar de planear tendo por base o pior cenário admissível.
Quem assume a responsabilidade de planear tão somente para um cenário favorável?
Caso não se observe o pior cenário, mas antes um mais favorável, isso deve ser motivo de satisfação, apesar dos investimentos feitos face à eventualidade do cenário pior.
Alegar a possibilidade da OMS ser susceptível a interesses económicos, merece duas críticas: por um lado, desconhece que os processos de decisão da OMS foram construídos de forma a serem “blindados” a este tipo de interesses políticos e económicos - o que é verificável no seu currículo ao longo de mais de cinquenta anos na protecção e promoção da saúde das populações - por outro, este tipo de afirmações sem qualquer fundamentação credível, contribui em muito para a criação de um processo de deslegitimação muito grave para a saúde global.
Desde o inicio da ameaça pandémica que a OMS afirmou que o curso futuro de uma pandemia é sempre incerto - não há uma “bola de cristal” – não é possível fazer previsões. A OMS sempre afirmou que a pandemia poderia variar entre ligeira e severa, e que a severidade poderia mudar no decurso da mesma.
Há evidência de que a “blindagem” técnico-científica da OMS, face aos interesses políticos e económicos tenha sido violada?
“Providing independent advice to Member States is a very important function of the WHO. We take this work seriously and guard against the influence of any improper interests. The WHO influenza pandemic policies and response have not been improperly influenced by the pharmaceutical industry (…). The world is going through a real pandemic. The description of it as a fake is wrong and irresponsible”.
A questão principal não é a de saber se realmente a OMS teve contacto com a indústria farmacêutica, mas se sofreu qualquer influência indevida por parte de interesses comerciais – e a resposta é que não foi apresentada nenhuma evidência que a sua “blindagem” técnico-científica tenha sido violada.
Numa organização como a OMS, reconhece-se que há um risco potencial de ocorrerem conflitos de interesses. Assim, de modo a proteger a integridade das decisões da OMS e a mantê-la livre de qualquer influência indevida, existem rotinas de segurança contra potenciais conflitos de interesses, que são práticas frequentes e de longa data, não criadas especificamente para esta pandemia, mas também colocadas em prática durante a pandemia de gripe A (H1N1).
A OMS e outras autoridades de saúde decidiram adoptar uma abordagem de prevenção - que é tentar preparar as pessoas para o pior e esperar que aconteça o melhor.
Esta pandemia de gripe é um evento cientificamente bem documentado, em que a emergência e disseminação de um novo vírus causaram um padrão epidemiológico incomum de doença por todo o mundo. A alegação de que esta é uma pandemia falsa é ignorar a história recente e a ciência e trivializar a morte de 14 mil pessoas em todo o mundo e a doença grave sofrida por outros.
(Comunicação Pública nº 05 do Centro de Análise da Resposta Social à Gripe Pandémica - disponível em www.noseagripe.net
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
Sobre a possibilidade da OMS ter sido sujeita a pressões de interesses comerciais
Resumo da transcrição de uma conferência de imprensa dada pelo Dr. Keiji Fukuda da OMS, em 14 de Janeiro de 2010:
A suposição de que a pandemia de gripe é falsa, é um argumento cientificamente errado e uma imprecisão histórica.
Quando se fala de uma doença infecciosa em grande escala, envolvendo a maioria dos países do mundo, está-se a falar de uma pandemia.
No que respeita especificamente a pandemia de gripe A (H1N1), a OMS reportou os primeiros casos de infecção humana em Abril. A informação laboratorial disponível demonstrava que o vírus era, em ternos genéticos e antigénicos, muito diferente dos vírus de gripe em circulação. Os dados epidemiológicos recolhidos no México, Canadá e EUA indicavam o início de transmissão pessoa a pessoa. A informação clínica, com origem no México, apontava para a possibilidade do vírus H1N1 causar infecção severa.
Esta informação, por si só, não indicava que estávamos numa situação pandémica, mas representava um aviso sério para as autoridades de todo o mundo, para que se preparassem para a eventualidade de uma pandemia.
(…)
A OMS não alterou a definição de pandemia. As orientações, produzidas em 1999, têm vindo a ser alvo de melhorias de forma a torná-las cada vez mais claras e precisas, mas a definição de severidade de uma pandemia não foi alterada.
(…)
A OMS não é alvo de influências indevidas por parte da indústria farmacêutica. A questão principal não ´4e a de saber se realmente a OMS teve contacto com a indústria farmacêutica, mas se sofreu qualquer influência indevida por parte de interesses comerciais – e a resposta é não.
Numa organização como a OMS, reconhece-se que há um risco potencial de ocorrerem conflitos de interesses. Assim, de modo a proteger a integridade da OMS e a mantê-la livre de qualquer influência indevida, existem rotinas de segurança contra potenciais conflitos de interesses, que são práticas frequentes e de longa data, não criadas especificamente para esta pandemia, mas também colocadas em prática durante a pandemia de gripe A (H1N1).
Transcrição completa em:
www.who.int/mediacentre/swineflu_presstranscript_2009_04_30.pdf
A suposição de que a pandemia de gripe é falsa, é um argumento cientificamente errado e uma imprecisão histórica.
Quando se fala de uma doença infecciosa em grande escala, envolvendo a maioria dos países do mundo, está-se a falar de uma pandemia.
No que respeita especificamente a pandemia de gripe A (H1N1), a OMS reportou os primeiros casos de infecção humana em Abril. A informação laboratorial disponível demonstrava que o vírus era, em ternos genéticos e antigénicos, muito diferente dos vírus de gripe em circulação. Os dados epidemiológicos recolhidos no México, Canadá e EUA indicavam o início de transmissão pessoa a pessoa. A informação clínica, com origem no México, apontava para a possibilidade do vírus H1N1 causar infecção severa.
Esta informação, por si só, não indicava que estávamos numa situação pandémica, mas representava um aviso sério para as autoridades de todo o mundo, para que se preparassem para a eventualidade de uma pandemia.
(…)
A OMS não alterou a definição de pandemia. As orientações, produzidas em 1999, têm vindo a ser alvo de melhorias de forma a torná-las cada vez mais claras e precisas, mas a definição de severidade de uma pandemia não foi alterada.
(…)
A OMS não é alvo de influências indevidas por parte da indústria farmacêutica. A questão principal não ´4e a de saber se realmente a OMS teve contacto com a indústria farmacêutica, mas se sofreu qualquer influência indevida por parte de interesses comerciais – e a resposta é não.
Numa organização como a OMS, reconhece-se que há um risco potencial de ocorrerem conflitos de interesses. Assim, de modo a proteger a integridade da OMS e a mantê-la livre de qualquer influência indevida, existem rotinas de segurança contra potenciais conflitos de interesses, que são práticas frequentes e de longa data, não criadas especificamente para esta pandemia, mas também colocadas em prática durante a pandemia de gripe A (H1N1).
Transcrição completa em:
www.who.int/mediacentre/swineflu_presstranscript_2009_04_30.pdf
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Bibliografia de referência sobre gripe
Os interessados poderão encontrar no site "Nós e a Gripe", bibliografia de referência sobre o tema da gripe, organizada de acordo os seguintes temas:
- Informação genérica;
- Controlo da gripe;
- Epidemiologia/ vigilância epidemiológica;
- Evolução da pandemia;
- Percepção e comunicação do risco;
- Resposta social;
- Severidade e gravidade clínica;
- Vacinação e medicação.
A base de dados bibliográfica permite ainda efectuar pesquisa por título ou palavra chave e definir filtros para a procura, por autor, tipo de publicação, categoria, ano e palavra chave.
Disponível em http://www.noseagripe.net/biblio
- Informação genérica;
- Controlo da gripe;
- Epidemiologia/ vigilância epidemiológica;
- Evolução da pandemia;
- Percepção e comunicação do risco;
- Resposta social;
- Severidade e gravidade clínica;
- Vacinação e medicação.
A base de dados bibliográfica permite ainda efectuar pesquisa por título ou palavra chave e definir filtros para a procura, por autor, tipo de publicação, categoria, ano e palavra chave.
Disponível em http://www.noseagripe.net/biblio
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
Evolução da primeira onda epidémica em Portugal
As últimas semanas de Outubro e o mês de Novembro ficaram marcados pelo aumento significativo do número de consultas de gripe A, registando-se um aceleramento do número de consultas, nomeadamente a partir do dia 28 de Outubro até se atingir o pico desta onda a 23 de Novembro.
Posteriormente ao dia 24 de Novembro, o número de consultas devido a sindroma gripal tem vindo a decrescer gradualmente regressando a valores aproximados aos de base, no fim de Dezembro.
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Campanha de Vacinação pandémica - avaliação DGS
De acordo com comunicado da DGS, (7 de Janeiro), até ao dia 5 de janeiro de 2010, foram administradas 67% das doses disponiveis nos serviços de saúde, o que corresponde a um total estimado de 320 000 imunizações, entre as quais 73 750 crianças até aos 12 anos de idade.
"Apesar da actual redução da actividade gripal, o novo vírus H1N1, que provocou a pandemia, irá continuar a circular. Justifica-se plenamente a necessidade de prosseguir a campanha de vacinação que está em desenvolvimento".
Mais informação em http://www.dgs.pt/
"Apesar da actual redução da actividade gripal, o novo vírus H1N1, que provocou a pandemia, irá continuar a circular. Justifica-se plenamente a necessidade de prosseguir a campanha de vacinação que está em desenvolvimento".
Mais informação em http://www.dgs.pt/
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Campanha contra a Gripe A - Delta Cafés
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Participe na análise do impacto do livro "Nós e a Gripe"
O livro "Nós e a Gripe" será actualizado, mensalmente, pelo menos durante 6 meses, de modo a continuar a contribuir para a informação, conhecimento e bom senso, relacionados com a gripe A.
Para que estas actualizações possam ir ao encontro das dúvidas e necessidades da população, é essencial que partilhem connosco o que pensam do livro e dos seus conteúdos, as questões que gostariam de colocar, as dúvidas que têm e todos os comentários e sugestões que queiram.
Basta aceder ao site www.noseagripe.net e ressponder a um breve questionário, que não levará mais de 5 minutos a preencher. No formulário, existe um espaço para todos os comentários, que teremos muito gosto em receber.
Contamos com a participação de todos!
Para que estas actualizações possam ir ao encontro das dúvidas e necessidades da população, é essencial que partilhem connosco o que pensam do livro e dos seus conteúdos, as questões que gostariam de colocar, as dúvidas que têm e todos os comentários e sugestões que queiram.
Basta aceder ao site www.noseagripe.net e ressponder a um breve questionário, que não levará mais de 5 minutos a preencher. No formulário, existe um espaço para todos os comentários, que teremos muito gosto em receber.
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