quarta-feira, 29 de julho de 2009

Utilização de máscaras

De acordo com o ECDC (European Centre for Disease Prevention and Control)não existe evidência observacional ou experimental contra ou a favor da utilização de máscaras pelo público, em relação à gripe. O CDC de Atlanta (Centre for Disease Control and Prevention) - EUA - está a patrocinar estudos para obter esclarecimentos neste sentido.

O objectivo de utilizar uma máscara, fora de casa, é reduzir a transmissão do vírus nos locais públicos. Existem discussões consideráveis acerca da eficácia da sua utilização e sobre o tipo de máscaras a recomendar (simples, cirúrgicas, mais complexas, com filtro).

Independentemente de estar definido ou não o tipo de máscara mais eficaz, recomendar e disponibilizar máscaras não é suficiente. São fundamentais alguns conselhos práticos sobre a sua correcta utilização e eliminação.

A má utilização, reutilização de máscaras contaminadas e o ajustamento constante da à face, pode contribuir para contaminar as mãos, aumentando a possibilidade de transmissão do vírus.

Apesar de não existirem ainda recomendações expressas, a máscara poderá funcionar, pelo menos, como uma barreira física contra o vírus. Informação especifica sobre a utilização de máscaras em www.dgs.pt.

É fundamental ter em consideração que utilizar uma máscara tem diferentes significados, de acordo com o contexto e cultura onde nos inserimos. Na nossa sociedade estamos habituados a ver com máscara pessoas doentes. Noutros países, como alguns asiáticos, a máscara é utilizada por pessoas saudáveis, para se protegerem de possiveis contaminações. Ao utilizar máscara, devemos saber em que contexto estamos e explicar o objectivo da utilização, de forma a evitar reacções excessivas por parte dos outros.

É preciso compreender que a máscara não é uma verdadeira forma de protecção, pelo que não deve gerar uma falsa sensação de segurança, que conduza a atitudes e comportamentos que facilitem uma possivel transmissão do vírus. As medidas de protecção indivuidual devem portanto ser mantidas.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Empresas debatem o tema Gripe A

A Associação Empresarial de Portugal organizou no passado dia 21 de Julho uma sessão sobre o tema “GRIPE A (H1N1)V - RESPOSTA DAS EMPRESAS À PANDEMIA” em colaboração com a Administração Regional de Saúde do Norte e com a Autoridade Para as Condições de Trabalho.

Abordaram-se temas como a evolução da situação da Gripe A, suas consequências, planos de contingência das empresas e efeitos da Gripe no absentismo laboral.

A apresentação sobre absentismo laboral, realizada pelo Dr. Miguel Costa, em representação do Centro Local do Ave da Autoridade para as Condições de Trabalho, está disponivel em:

http://www.aeportugal.pt/areas/internacionalizacao/docs/actividades2009/eventos/GripeA/ACT-Absentismo-conferenciaAEP.pdf

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Reflexão prospectiva - Estar sempre um passo à frente do processo pandémico

A situação evolui continuamente, de local para local, assim como evoluem os conhecimentos sobre as especificidades desta epidemia e dos instrumentos disponiveis para lhe fazer face.

É necessário acompanhar continuamente esta evolução e olhar sobretudo para:
Resposta social associada aos serviços de saúde;
Preparação para a abertura do ano escolar;
Sensibilização das populações com maior risco de infecção.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

2ª Comunicação do Centro de Análise da Resposta Social à Gripe Pandémica

A qualidade da resposta social à evolução da pandemia de gripe é um elemento essencial à mitigação, acima de tudo, dos seus efeitos no país. O seu estudo retrospectivo e a sua antecipação prospectiva pretendem contribuir para a melhoria da qualidade dessa resposta.

Observou-se nos últimos 10 dias uma inflexão significativa na resposta social à gripe pandémica, que pode atribuir-se principalmente a três factores:
- Aceleração no aumento de casos de Gripe, na sua maioria ainda “casos importados”;
- Aparecimento de uma cadeia de transmissão limitada (“cluster”) em torno de um colégio (7 casos no total);
- Conhecimento de situações adversas em casos de gripe, noticiadas a partir do Reino Unido

Clique aqui para aceder ao Relatório

quarta-feira, 15 de julho de 2009

A vacina sazonal 2008/2009

A composição da vacina sazonal para o Outono/Inverno (estação da gripe) 2008/2009, pode ser visualizada em http://www.infarmed.pt/infomed/download_ficheiro.php?med_id=3528&tipo_doc=rcm.

Todavia, esta é uma informação que requer algum conhecimento especifico para a sua correcta compreensão.

Neste sentido, aqui o papel do blog é apenas o de disponibilizar informação.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

A vacina sazonal não inclui o vírus pandémico

A vacina da gripe sazonal é constituída pelos 3 vírus que a Organização Mundial de Saúde considera que têm maior probabilidade de circular no Hemisfério Norte durante a próxima estação de gripe (Outono e Inverno).

A vacina que circulará em Portugal, e noutros países do Hemisfério Norte, depois do Verão, não inclui o vírus pandémico, porque este não estava suficientemente bem estudado aquando da decisão sobre a constituição da vacina.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Activar respostas inteligentes na rede familiar

O primeiro passo a dar no planeamento pessoal e familiar para uma pandemia de gripe é estar-se informado.

Um correcto planeamento na nossa rede familiar, prepara-nos para agir contra a Gripe.

Devemos colocar questões fundamentais, para as quais temos a tarefa de procurar respostas:
· Que fontes de informação temos disponíveis?
· Temos garantidas as necessidades especiais (para os doentes crónicos, por exemplo)?
· Quem tomará conta dos meus filhos, se eu adoecer?
· Quem cuidará dos familiares que dependem de mim?
· Que bens essenciais devo ter em casa?
· Temos meios de comunicação suficientes?
· Se a escola dos meus filhos fechar, quem tomará conta deles?
· O que fazer em caso de sintomas?
· O que fazer em caso de contacto com alguém que revele sintomas?

Procurar respostas para estas questões ajuda-nos na preparação para enfrentar a Gripe.

terça-feira, 7 de julho de 2009

A população tem um papel importante na redução da propagação da Gripe

É importante contrariar a tendência para acreditar que a população não está preparada para enfrentar uma pandemia - É necessário transmitir mensagens claras sobre quais as medidas que devem ser adoptadas para reduzir o risco de propagação do vírus.

Sabe-se à partida que é difícil motivar as pessoas para a adopção de comportamentos específicos, sobretudo se circular no espaço público informação dissonante, mas também se acredita que a forma como os indivíduos encaram as orientações oficias, depende das suas percepções e das suas crenças, pelo que as mensagens com informação válida e sintética assumem especial importância.

De acordo com um estudo realizado no Reino Unido (BMJ 2009; 339:b2651), que pretendia analisar as percepções e comportamentos da população, assim como o seu grau de ansiedade face ao problema da Gripe, concluiu-se que 37,8%, 377 inquiridos (total 997), não adoptou (nos 4 dias anteriores à realização dos inquéritos), alterações de comportamento devido à Gripe. No Reino Unido, já se apontam cenários que incluem a possibilidade de chegar aos 100 mil casos diários, até ao final de Agosto.

Portugal conta, neste momento, com 57 casos confirmados, alguns deles já de transmissão secundária (através de contacto com casos importados). É essencial reforçar a necessidade da comunidade cooperar no sentido de reduzir o risco de contágio, através da adopção de medidas especificas, como ligar para a Linha Saúde 24 (808 24 24 24) perante sintomas de gripe, evitando assim qualquer deslocação aos serviços de saúde, que poderia colocar em risco a sua saúde e a dos outros.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

1º Relatório do Centro de Análise da Resposta Social à Gripe Pandémica

Fazer face a uma pandemia de gripe num país ou numa comunidade dependerá não só da qualidade da informação e das orientações das autoridades de saúde, mas também da resposta de cada pessoa, rede familiar, escola, empresa ou serviço público.

O conteúdo deste relatório resulta da análise semanal da resposta social à ameaça pandémica, durante as últimas 10 semanas, com base na informação recolhida essencialmente de dois tipos de fontes: (i) comunicação social e Internet (ii) rede social dedicada do Centro de Análise da Resposta Social à Gripe Pandémica.

Clique aqui para aceder ao Relatório